O café é uma das bebidas mais amadas e consumidas no mundo, porém pouca gente se pergunta o que acontece com a borra de café velha que é descartada após o uso (tanto doméstico quanto industrial). Bem, na maioria das vezes os rejeitos são jogados no lixo e acabam em aterros, ou ainda são descartados de outra forma: Escorrem pia abaixo e acabam no oceano. Mas será que pode haver uma outra solução?
Borra de café velha para pavimentar estradas
Engenheiros da Austrália encontraram uma forma única de reaproveitamento de pó de café usado – que em uma cidade do tamanho de Sydney estimada-se que o total de rejeitos somem cerca de 3000 toneladas de resíduos a cada ano. A resposta para o problema? Reciclar café velho em estradas ainda estão sendo construídas.
O pesquisador Arul Arulrajah lidera o grupo geotecnia no Centro de Infraestrutura Sustentável na Universidade de Tecnologia de Swinburne, afirma que trata-se de olhar para os materiais reciclados como um “tijolo esmagado”, vidro e concreto podem ser reaproveitados para coisas como a construção de estradas. Mas o problema ainda é falta de uma oferta constante de um subproduto abundante que permita esse tipo de abordagem.
“Eu vejo os baristas jogando fora a borra de café usada e penso, ‘Por que não olhar para isto como um material de engenharia?’“, Afirma Arulrajah , que é um bebedor de café ávido.
Assim, ele e o doutorando Teck-Ang Kua – juntamente com colegas pesquisadores da China e da Tailândia – iniciaram um estudo para saber se a borra de café velha poderia ser aproveitada para pavimentação de estradas e ruas fora das casas. E os estudos revelaram que sim.
Coletando rejeitos utilizados a partir cafeterias em torno do campus de Swinburne, um pouco a leste de Melbourne, a equipe secou o material em um forno por cinco dias a 50 ° C (122 ° F), depois disso peneirou o material para filtrar todas as protuberâncias. E então misturaram com rejeitos da fabricação de aço.
A mistura resultante – café 70% e 30% de limalha de aço- foi misturada, juntamente com uma solução alcalina líquida e comprimida em blocos cilíndricos, que nos testes de resistência dos pesquisadores se mostrou forte o suficiente para servir como material de subleito que fica sob a superfície estradas, ruas e avenidas.
“Em média, as cafeterias que nos forneceram o material para o estudo nos enviaram em média 150 kg de pó de café por semana”, diz Arulrajah . “Nós estimamos que a borra de café das cafeterias de Melbourne poderia ser usada para construir 5 km de estrada por ano. Isso reduziria aterro e a demanda por materiais de pedreira virgem.”
Se a mesma abordagem fosse adotada em todo o mundo – e reconhecidamente, isso é algo grande uma vez que significaria reformar uma indústria inteira – milhões de toneladas de borras de café gastos anualmente poderiam ser utilizadas da melhor forma em estradas, em vez de simplesmente serem enterradas em aterros sanitários ou irem parar nos oceanos.
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