Resumo
Neste relatório
demonstraremos o funcionamento de um medidor de vazão do tipo tubo de “Venturi”,
que é classificado como um medidor do tipo deprimogênios, pois contém uma
redução na seção transversal.
Neste experimento calculamos
os coeficientes de descarga, ou seja, correção.
A fim de
compararmos dados teóricos com os dados experimentais, foram construídos e
analisados tabelas e gráficos, e por meio destes foi possível observar um
pequeno erro e um bom ajuste de curvas.
Palavras chave: medidor
de vazão, venturi, experimento, piezômetro, continuidade.
Introdução
O efeito
Venturi, conhecido como tubo de Venturi ocorre, quando
num sistema fechado, o fluido em movimento constante dentro de um duto uniforme
comprime-se momentaneamente ao encontrar uma zona de estreitamento diminuindo
sua pressão e consequentemente aumentando sua velocidade ao atravessar a zona estreitada onde
ocorre "também" uma baixa pressão, e se neste ponto se introduzir um
terceiro duto ou uma sonda, encontrará uma sucção do fluido contido nessa
ligação. Este efeito, demonstrado em 1797, recebe seu nome do físico italiano Giovanni Battista Venturi.
O efeito Venturi é explicado pelo Princípio de Bernoulli e o princípio
de continuidade de massa. Se o
fluxo de um fluido é constante, mas sua área de escoamento diminui então
necessariamente sua velocidade aumenta. Para o teorema a conservação da energia
se a energia cinética aumenta, a energia determinada pelo valor da pressão
diminui obrigatoriamente.
A vazão pode ser determinada
a partir do escoamento de um fluido através de determinada seção transversal de
um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto forçado
(tubulação com pressão positiva ou negativa). Isto significa que a vazão
representa a rapidez com a qual um volume escoa.
Procedimento Experimental
As equações básicas são:
a)
Equação da Vazão:
b)
Equação da Continuidade:
c)
Equação de Bernoulli:
Para a resolução, é preciso
adotar algumas hipóteses simplificadoras:
1)
O escoamento é permanente.
2)
O escoamento é incompressível.
3)
O escoamento será tomado ao longo de uma linha
de corrente.
4)
Desprezar o atrito.
5)
Tubulação disposta horizontalmente.
Figura 1:
Tubo de Venturi
Primeiramente precisamos
saber qual é a vazão do conduto, e para isso vamos usar um tanque de área
quadrada ou circular previamente conhecida. Para iniciarmos, o tanque deve
estar totalmente vazio, e em seqüência precisamos ajustar o fluxo de saída do
fluido no conduto que irá encher o tanque, a fim de determinarmos exatamente
esta vazão para continuarmos o experimento. E para determinar a vazão vamos
encher o tanque até certo nível qualquer sempre cronometrando o ponto certo da
hora que vazão começou a encher o tanque até a hora que terminou a vazão.
Agora para saber a vazão
exata deste conduto é bem simples, basta medir a altura do fluido que encheu o
tanque e multiplicar pela sua área da base, obtendo assim o volume total de
fluido despejado, agora só dividir pelo tempo cronometrado para se obter a
vazão.
Vamos aplicar a Equação da
Energia de (1) a (2) (Fig. 1) supondo o fluido ideal, isto é, vamos aplicar a
equação de Bernoulli:
A
velocidade obtida nesta expressão será indicada por V²t ou velocidade teórica,
pois é o valor obtido, supondo-se o fluído ideal.
Multiplicando
V²t pela área da seção mínima do medidor (Venturi), obteremos a vazão teórica
(Qt).
Para
determinar a vazão real (Q) será necessário multiplicar a vazão teórica por um
coeficiente de correção definido da seguinte forma.
Este
coeficiente é adimensional, logo:
Precisamos
ter os valores A2,D2 e D1 e são conhecidos, então vamos colocar em uma só
equação, criando assim uma constante K:
O número de Reynolds é
calculado pela formula:
(V1*D1)
dividido pela Viscosidade Cinemática do Fluido
Fórmula da constante K
encontrada pelo Excel:
=(((0,02^2*3,14)/4)*RAIZ(2*9,8))/(RAIZ(1-(0,02/0,029)^4))
Resultado: 0,001580333
O procedimento deve ser realizado
várias vezes com vazões e variações de tempo diferentes para que se consiga
construir um gráfico e obter valores mais precisos.
Resultados
A seguir contém a tabela com
seis medições realizadas de vazão e a altura da diferença das colunas d’água.
Área da base: 0,0973 m²
D1= 0,029 m
D2= 0,02 m
-
|
Ay
|
t
|
Qreal
|
h
|
Cd
|
V1
|
Re
|
||
Unidade
|
m
|
s
|
m³/s
|
m
|
-
|
m/s
|
-
|
||
1
|
0,35
|
20
|
0,00170275
|
1,35
|
0,927332564
|
2,579201284
|
74796,83725
|
||
2
|
0,4
|
25
|
0,0015568
|
1,14
|
0,922639202
|
2,358126889
|
68385,67977
|
||
3
|
0,345
|
25
|
0,00134274
|
0,84
|
0,927051348
|
2,033884441
|
58982,6488
|
||
4
|
0,365
|
30
|
0,001183817
|
0,65
|
0,929135979
|
1,793158988
|
52001,61066
|
||
5
|
0,355
|
35
|
0,0009869
|
0,45
|
0,930932941
|
1,49488401
|
43351,63628
|
||
6
|
0,335
|
45
|
0,000724344
|
0,24
|
0,935601735
|
1,097184038
|
31818,33712
|
||
Constante K
|
0,001580333
|
Conclusão
O Tubo de Venturi é um medidor de vazão com qual podemos verificar
mudanças de velocidade e pressão dentro do Tubo.
O aumento de energia cinética no fluído é compensado pela
perda de pressão, isto sendo explicado pela conservação de energia.
O coeficiente de descarga que é um ajuste entre os dados
teóricos e os dados coletados devido à perda de carga pode variar dependendo do
material que o tubo foi construído pelo qual percorre o fluido ou o ar.
A utilização do Tubo de Venturi é amplamente empregada na
Indústria e na Medicina como exemplo: Sistema Circulatório, Extintores,
Carburadores dentro outras aplicações.
Olá,como você plotou o gráfico no excel?
ResponderExcluirRepresentações gráficas NÃO adequadas
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