Vitória / ES um polo de inovação e tecnologia?

A inovação foi o caminho escolhido pela cidade de Vitória (ES) para diversificar sua matriz econômica, que atualmente depende, principalmente, da atividade portuária e de indústrias pesadas, como siderúrgicas. O município tem investido em pesquisa na área de tecnologia, para a qual quer atrair investimentos. “Vitória é uma ilha totalmente adensada. Não temos mais espaço para indústria e agropecuária. Nossa vocação econômica é a prestação de serviços, e queremos que seja nessa área de tecnologia da inovação”, diz André Gomyde Porto, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória, empresa pública por trás de iniciativas que visam promover o setor.



Uma delas é a implantação do Parque Tecnológico Metropolitano de Vitória, uma área de 332 mil m² voltada apenas a centros de pesquisa e inovação para empresas, escritórios da área de tecnologia e laboratórios. “O objetivo é reunir os negócios no mesmo ambiente, desenvolvendo tecnologia tanto para exportação quanto para o que a cidade precisa”, diz Gomyde. Segundo ele, há outros incentivos para atrair esse tipo empresa para o polo, como infraestrutura e desoneração de impostos. Em janeiro será lançada a licitação para a construção da primeira unidade do Parque, um prédio que abrigará a incubadora Tec Vitória e cerca de outras 20 empresas. “Estamos criando um ecossistema de inovação”, afirma Gomyde.

Iluminação e infraestrutura


A cidade quer se modernizar também na gestão de equipamentos públicos, aproveitando ideias e soluções desenvolvidas no Parque, e atraindo investimentos. “A PPP de iluminação é a base de infraestrutura tecnológica para que isso seja possível”, diz o gestor sobre a parceria público-privada que irá renovar os pontos de luz do município. A substituição das lâmpadas atuais pelas de LED deverá aumentar a eficiência e a economia de energia em até 50%. O processo está em fase de consulta pública, uma das etapas da parceria antes da publicação da licitação, que deve ser feita, segundo a prefeitura, no início do ano que vem.

Existe também na cidade um conselho municipal de ciência e tecnologia, e uma espécie de incubadora de novos empreendimentos, chamada de Fábrica de Ideias. O conselho reúne a academia, o governo, entidades da sociedade civil e empresas que discutem ciência, tecnologia e inovação. Já a Fábrica de Ideias irá desenvolver startups, pequenos novos negócios, e treinar gente para trabalhar com economia criativa e tecnologia, inclusive fornecendo mão de obra para o Parque Tecnológico, onde estarão as empresas mais consolidadas. "O setor já percebeu que cidades dispostas a se modernizar são ótimas oportunidades para vender e criar tecnologia”, afirma Gomyde.

Fonte: Galileu

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