Pesquisadores canadenses querem gerar energia a partir da combustão de metal em pó
A busca por novas formas de energia, capazes de substituir os combustíveis fósseis, é urgente e global. Afinal, a queima de petróleo, carvão e gás natural é uma das principais fontes de emissão de CO2, que, por sua vez, está diretamente ligado ao efeito estufa. Encontrar um substituto à altura, porém, não é tarefa simples. Que opção poderia competir com a abundância, conveniência e desempenho que os combustíveis fósseis oferecem?
Diante dessa pergunta, pesquisadores da McGill University, no Canadá, tiveram uma resposta inusitada: metais. Ou, mais especificamente: metais em pó, com partículas tão pequenas quanto às da farinha de trigo ou do açúcar de confeiteiro. Testes em laboratório mostraram que é possível obter flamas estáveis por meio do fluxo constante de partículas metálicas em suspensão no ar. E também que essas chamas são muito parecidas com aquelas geradas na queima de hidrocarbonetos (componente dos combustíveis fósseis). Dentre as opções avaliadas pela equipe, uma das mais promissoras é o ferro.
Em contrapartida, metais em pó podem ser armazenados e transportados com facilidade e segurança, ainda de acordo com o estudo, e são eficientes o bastante para atender às demandas energéticas de equipamentos pesados. Além disso, são recicláveis. Depois da combustão, as partículas de metal geram um material sólido estável, não tóxico, que pode ser coletado facilmente e passar por um processo de refino. Esse procedimento, porém, ainda não é livre da emissão de CO2, e uma das metas da equipe canadense agora é descobrir como reaproveitar o material de forma mais ecológica. Outro passo é criar um motor de combustão externa movido a ferro em pó. Será que vem por aí uma nova Idade do Ferro?
Fonte: Galileu
A busca por novas formas de energia, capazes de substituir os combustíveis fósseis, é urgente e global. Afinal, a queima de petróleo, carvão e gás natural é uma das principais fontes de emissão de CO2, que, por sua vez, está diretamente ligado ao efeito estufa. Encontrar um substituto à altura, porém, não é tarefa simples. Que opção poderia competir com a abundância, conveniência e desempenho que os combustíveis fósseis oferecem?
Diante dessa pergunta, pesquisadores da McGill University, no Canadá, tiveram uma resposta inusitada: metais. Ou, mais especificamente: metais em pó, com partículas tão pequenas quanto às da farinha de trigo ou do açúcar de confeiteiro. Testes em laboratório mostraram que é possível obter flamas estáveis por meio do fluxo constante de partículas metálicas em suspensão no ar. E também que essas chamas são muito parecidas com aquelas geradas na queima de hidrocarbonetos (componente dos combustíveis fósseis). Dentre as opções avaliadas pela equipe, uma das mais promissoras é o ferro.
Nova era do ferro como combustível
A queima de metais em pó já é utilizada, por exemplo, em fogos de artifício (que contam com alumínio). Além disso, desde o século passado o material vem sendo adotado na propulsão de foguetes. O desafio abraçado pelos pesquisadores canadenses é levar essa opção de combustível também a veículos, residências e indústrias. Um estudo sobre o tema, publicado há um mês no periódico “Applied Energy”, elenca as vantagens da proposta em relação a outras fontes de energia limpa. Placas solares e turbinas eólicas, por exemplo, são ótimas opções para a geração de eletricidade, porém isso ainda não resolve nossa dependência dos combustíveis fósseis em algumas áreas, como transportes e comércio global de energia. Já o hidrogênio é um material que precisa ser transportado com muito cuidado, pois é alto o risco de explosão.Em contrapartida, metais em pó podem ser armazenados e transportados com facilidade e segurança, ainda de acordo com o estudo, e são eficientes o bastante para atender às demandas energéticas de equipamentos pesados. Além disso, são recicláveis. Depois da combustão, as partículas de metal geram um material sólido estável, não tóxico, que pode ser coletado facilmente e passar por um processo de refino. Esse procedimento, porém, ainda não é livre da emissão de CO2, e uma das metas da equipe canadense agora é descobrir como reaproveitar o material de forma mais ecológica. Outro passo é criar um motor de combustão externa movido a ferro em pó. Será que vem por aí uma nova Idade do Ferro?
Fonte: Galileu