Ao contrário do que se poderia imaginar, o engenheiro de software não é o profissional mais bem pago do Vale do Silício, região icônica da Califórnia que abriga gigantes da tecnologia como Google, Apple e Facebook. É o que diz um novo estudo da plataforma de recrutamento norte-americana Hired.
Com base em mais de 31 mil solicitações de entrevistas feitas por cerca de 1.800 empresas no primeiro semestre de 2016, o levantamento revela que os maiores salários pertencem aos gerentes de produto. Na média, a remuneração para o cargo gira em torno de 11 mil dólares mensais. Já os engenheiros de software ganham, em média, 10,2 mil dólares por mês, enquanto os designers embolsam cerca de 9,5 mil dólares no mesmo período.
Dados da plataforma Glassdoor sobre a remuneração no Google e no Facebook indicam a mesma realidade: em ambas as empresas, os gerentes de produto ganham mais do que os engenheiros de software. Até uma análise de vistos de trabalho para estrangeiros nas duas multinacionais do Vale do Silício confirma o dado.
A título de comparação, a remuneração média para engenheiros de software no Brasil, segundo a plataforma Love Mondays, é de 6.557 mil reais. Já os gerentes de produto, informa a mesma ferramenta, recebem em média 10.323 reais por mês no país.
A diferença salarial entre os dois cargos no Vale do Silício não é de hoje. Porém, se é fato que os engenheiros de software sempre ganharam menos do que os gerentes de produto, também é verdade que a discrepância tem crescido nos últimos meses, disse Jessica Kirkpatrick, cientista de dados da plataforma Hired, ao site Quartz.
Mas o que explica a valorização do gerente de produto, uma figura relativamente generalista, na região mais "técnica" do planeta?
Em primeiro lugar, é preciso considerar a natureza desse trabalho: quem ocupa o cargo cuida integralmente da entrega do produto, o que inclui desenhar a visão, ouvir consumidores, gerir equipes e aprimorar constantemente o modelo de negócios da empresa.
“No longo prazo, uma gestão de produto competente geralmente faz a diferença entre a vitória e a derrota”, resume Ken Norton, ex-gerente de produto do Google, em artigo para seu site pessoal.
Outra explicação para o prestígio da posição é a sua conexão direta com os objetivos estratégicos do negócio. Segundo Hunter Walk, que ocupou a cadeira no Google no passado e hoje preside uma startup, o papel central do gerente de produto é “fazer os funcionários e os usuários felizes”.
Para esse profissional, a visão de negócios chega a ser mais importante do que a formação técnica, tão cara aos engenheiros de software. “Proficiência técnica é certamente desejável, mas não imprescindível. O que é imprescindível? Curiosidade técnica”, escreve Walk, que é formado em História. “Os melhores gerentes de produto têm um amplo arsenal de competências e conseguem usá-las como usariam diferentes chapéus”.
Com base em mais de 31 mil solicitações de entrevistas feitas por cerca de 1.800 empresas no primeiro semestre de 2016, o levantamento revela que os maiores salários pertencem aos gerentes de produto. Na média, a remuneração para o cargo gira em torno de 11 mil dólares mensais. Já os engenheiros de software ganham, em média, 10,2 mil dólares por mês, enquanto os designers embolsam cerca de 9,5 mil dólares no mesmo período.
Dados da plataforma Glassdoor sobre a remuneração no Google e no Facebook indicam a mesma realidade: em ambas as empresas, os gerentes de produto ganham mais do que os engenheiros de software. Até uma análise de vistos de trabalho para estrangeiros nas duas multinacionais do Vale do Silício confirma o dado.
A título de comparação, a remuneração média para engenheiros de software no Brasil, segundo a plataforma Love Mondays, é de 6.557 mil reais. Já os gerentes de produto, informa a mesma ferramenta, recebem em média 10.323 reais por mês no país.
A diferença salarial entre os dois cargos no Vale do Silício não é de hoje. Porém, se é fato que os engenheiros de software sempre ganharam menos do que os gerentes de produto, também é verdade que a discrepância tem crescido nos últimos meses, disse Jessica Kirkpatrick, cientista de dados da plataforma Hired, ao site Quartz.
Mas o que explica a valorização do gerente de produto, uma figura relativamente generalista, na região mais "técnica" do planeta?
Em primeiro lugar, é preciso considerar a natureza desse trabalho: quem ocupa o cargo cuida integralmente da entrega do produto, o que inclui desenhar a visão, ouvir consumidores, gerir equipes e aprimorar constantemente o modelo de negócios da empresa.
“No longo prazo, uma gestão de produto competente geralmente faz a diferença entre a vitória e a derrota”, resume Ken Norton, ex-gerente de produto do Google, em artigo para seu site pessoal.
Outra explicação para o prestígio da posição é a sua conexão direta com os objetivos estratégicos do negócio. Segundo Hunter Walk, que ocupou a cadeira no Google no passado e hoje preside uma startup, o papel central do gerente de produto é “fazer os funcionários e os usuários felizes”.
Para esse profissional, a visão de negócios chega a ser mais importante do que a formação técnica, tão cara aos engenheiros de software. “Proficiência técnica é certamente desejável, mas não imprescindível. O que é imprescindível? Curiosidade técnica”, escreve Walk, que é formado em História. “Os melhores gerentes de produto têm um amplo arsenal de competências e conseguem usá-las como usariam diferentes chapéus”.
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